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Saúde

Pesquisa da PROTESTE aponta os desafios de quem passa por tratamento de câncer no Brasil

13 out 2016
Muita espera, falta de informação clara e escassez de procedimentos mais modernos estão entre os principais problemas apontados pelos pacientes.

Pesquisa realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores com 1.257 pacientes de câncer ou pessoas responsáveis por alguém que tem ou teve a doença, mostra que há muitos obstáculos que precisam ser enfrentados rumo à cura. Um deles é o próprio acesso ao tratamento: 14% dos entrevistados tiveram dificuldade para conseguir uma vaga nos hospitais – e 17% ficaram na fila de espera. A distância de casa até o local de terapia foi outra dificuldade para 35% das pessoas.

Mesmo para quem consegue iniciar o tratamento, outros problemas são enfrentados: 20% dos respondentes sofreram com a carência de alguns medicamentos ou de tratamentos específicos.

Diante disso, não havia outro caminho a não ser usar seus próprios recursos. Resultado: 31% acabaram passando por dificuldades financeiras ao longo do tratamento. Mas isso não foi uma realidade só de quem se tratou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo quem tinha plano de saúde precisou custear algo.

Embora a maioria da população não tenha acesso ao plano de saúde, 41% dos entrevistados alegaram realizar o tratamento em rede particular com cobertura total pelo plano de saúde. E 39% fazem inteiramente pelo SUS. Há ainda os que deram preferência à rede particular e contam com cobertura parcial do plano (14%) ou não contam com cobertura (6%).

Dentre os entrevistados, 59% fizeram ou fazem tratamento em centros especializados em procedimentos contra o câncer; 41% fizeram ou fazem tratamento em hospitais ou clínicas não especializadas.

Os principais pontos que pesaram na hora de escolher onde seria realizado o tratamento foram: 40% por indicação do médico; 27% por ser renomado centro de tratamento contra o câncer; 24% por recomendação; 16% pela proximidade de onde vive o paciente e 9% por ser o único centro que oferece aquele determinado tipo de tratamento.

Sobre o último tipo de procedimento a que foi submetido, 33% apontou a quimioterapia; 22% cirurgia; 19% radioterapia e 14% outros. Apenas 5% dos respondentes se submeteram a procedimentos considerados inovadores, que são a imunoterapia, a terapia-alvo e as drogas experimentais. Comparando com outros países onde este estudo também foi aplicado, a diferença é nítida: na Bélgica, por exemplo, 11% foram submetidos a esses tratamentos.

Para ter acesso ao tratamento, 35% dos respondentes afirmaram ter sido necessário deslocar-se para longe de casa. Já 20% se depararam com a carência de remédios ou procedimentos, 17% enfrentaram uma longa fila de espera e 14% sofreram devido à falta de vagas. Ainda entre as dificuldades, 31% passaram por problemas financeiros por causa dos custos provenientes dos procedimentos realizados. Além disso, 14% disseram ser difícil achar dados claros e precisos sobre o tratamento ou sobre a doença.