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Energia Elétrica

Postes de luz sem manutenção põem em risco a população

09 mar 2016
Avaliação da PROTESTE constata que há má prestação de um serviço essencial.
A fiação aérea com os postes de energia gera transtornos encadeados quando há fortes chuvas com a queda de árvores sobre fios, que afeta o fornecimento de energia tanto para os consumidores em geral quanto para os semáforos, ocasionando caos no trânsito. Além disso, há falta de manutenção dos postes, com má prestação de um serviço essencial.

A PROTESTE Associação de Consumidores fez avaliação nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo para verificar quais bairros têm fiação enterrada e verificar a situação dos postes onde há fiação suspensa e o resultado não foi nada bom. Trata-se de violação a direitos básicos dos consumidores com a descontinuidade de serviços essenciais.

Preocupada com os prejuízos ao consumidor com o tarifaço aplicado pelo governo nas contas de luz no ano passado, a Associação está com a campanha Quem cala paga mais luz para extinção da cobrança das bandeiras tarifárias, ao invés de apenas suspendê-las.

Em São Paulo, a PROTESTE tem uma ação coletiva em tramitação na Justiça desde 2015 para responsabilizar a
AES Eletropaulo e a Prefeitura de São Paulo pelos danos causados aos consumidores com a falta de energia decorrente da queda de árvores e galhos sobre a rede elétrica.

Na avaliação foi verificada a qualidade dos postes, a condição da fiação, a quantidade e os riscos atrelados à má realização dos serviços de manutenção, mostrando que ter fiação suspensa pode ser prejudicial financeiramente e até comprometer a segurança dos pedestres.

Situação no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, foram avaliados 52 postes em 25 bairros da cidade. Destes, apenas 13 postes não apresentaram nenhum dos problemas avaliados. Só os postes avaliados nos bairros do Leblon e do Jacaré não apresentaram nenhum dos problemas pesquisados: risco de árvore cair sobre fiação, gambiarra nos fios ou pendurados, com risco de cair e sem iluminação.

Os bairros com maior número de problemas nos postes avaliados foram Vila Isabel, com 14, Andaraí, com 12, e Anil, com 11 ocorrências. Os problemas com "fios embolados" e "grande quantidade de fios", totalizaram 24 ocorrências. Em seguida, ficaram os "fios amarrados ao poste", com 23 ocorrências e o "risco de árvore cair sobre fiação", com 22 ocorrências. Já os postes com "risco de cair" e "sem iluminação funcionando" foram os menos encontrados, observados apenas 2 e 3 vezes, respectivamente.

Por lei, na cidade do Rio de Janeiro, toda fiação deveria ser embutida e os postes trocados até fevereiro de 2016. Porém, em nossa avaliação observamos ainda há muitos postes fora do padrão e com excessos de fios. Em São Paulo, lei municipal obriga as concessionárias a enterrar 250 km de fios por ano, mas não é cumprida.

Situação em São Paulo

Em São Paulo, foram avaliados 49 postes em 25 bairros. Destes, apenas 6 postes não apresentaram nenhum dos problemas avaliados; sendo que todos os bairros apresentaram ao menos um poste com problema. O bairro com menos ocorrências foi o de Santana, com apenas uma, seguidos dos bairros Bom Retiro, Jaguaré e Vila Mariana, com 2 problemas em postes em cada um.

Nenhum dos postes avaliados na cidade apresentou todos os problemas analisados. Do total, 12 postes apresentaram apenas um dos problemas, sendo esta a maioria; enquanto 9 postes apresentaram quatro problemas. Já o bairro que apresentou maior número de problemas nos postes avaliados foi Mooca, com 12 ocorrências, seguidos dos bairros de Água Branca e Ipiranga, com 11 cada um.

O problema mais encontrado nos postes avaliados foi a "grande quantidade de fios", com 33 ocorrências. Em seguida, ficaram os "fios embolados", com 23, enquanto os "fios amarrados ao poste" e a "fiação pendurada" tiveram 22 ocorrências cada um. Foi encontrado apenas um poste com "risco de cair", e os menos encontrados em seguida foram os "sem iluminação funcionando" e "com risco de árvore cair sobre fiação", observados 5 vezes cada um.