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Energia Elétrica

Trocar aparelhos antigos compensa para gastar menos energia

21 mar 2016
Campanha da PROTESTE ajuda a simular o impacto de cada eletrodoméstico no total da conta de luz.
Trocar geladeira e ar condicionado antigos, que são vilões no consumo de energia, pode ajudar a reduzir em até 200% os gastos na conta de luz, segundo cálculos feitos pela PROTESTE Associação de Consumidores. No site da campanha Quem Cala Paga Mais Luz, há uma calculadora de energia para simular o impacto de cada eletrodoméstico e eletrônico no total da fatura mensal de energia.


Como os equipamentos mais modernos são mais eficientes energeticamente, os gastos com a compra podem ser diluídos e, em longo prazo, pode compensar. No caso da geladeira, um aparelho antigo, com mais de dez anos, tem um consumo médio mensal de 150 Kwh, enquanto um aparelho moderno de duas portas frost-free, consome em média 50 Kwh no mês.

Ao considerar uma tarifa de R$ 0,59 por Kwh e um uso contínuo da geladeira, uma nova seria responsável por R$ 29,50 da conta. Já um produto antigo contribuiria com R$ 88,50. Uma diferença de 200%.

Como o valor de um aparelho novo similar está em torno de R$ 1.700, em 29 meses (2 anos e 5 meses), seria possível abater o desembolso total da nova geladeira. Ou seja, vale antecipar a troca que já seria necessária dentro de alguns anos, tendo em vista a vida útil do eletrodoméstico, que pode variar de 15 a 25 anos. 

No caso do ar condicionado, considerando o caso de uma residência que ligue o aparelho todas as noites por 8 horas, um equipamento antigo de 7.500 BTU terá no mês um consumo aproximado equivalente a 288 Kwh. Considerando a tarifa de R$ 0,59 por Kwh, há um impacto de R$ 169,92 na conta de luz. Já um de janela, atual com as mesmas características e mesmo uso mensal gasta aproximadamente 181 Kwh, gerando custo de R$ 106,77 na fatura de energia.

Um aparelho split do modelo Hi-wall (que é o mais popular entre os splits) de 7.500 BTU para essa mesma residência teria um consumo mensal aproximado de 111 Kwh, o que considerando a mesma tarifa, representaria R$ 65,61. No comparativo de preços dos modelos de janela e split de 7.500 BTU, verifica-se que não há diferença se o de janela for eletrônico (que seria o mais comparável ao split), que saem por R$ 1.000. 

Comparando com o consumo do aparelho antigo, constata-se que ao trocar por um aparelho de janela, o consumidor recuperaria o que gastou na aquisição do novo aparelho em 16 meses. E se a troca for por um split, recuperaria os gastos em 10 meses (isso sem considerar os outros eventuais gastos que o consumidor poderia ter para a instalação de um aparelho split). 

Nos últimos 12 meses, considerando a média brasileira, o preço da energia elétrica aumentou 34,42%. Essa média foi superior a 50% em 2015. Em um cenário de recessão e aumento generalizado dos preços, os consumidores brasileiros têm feito o possível para enxugar os gastos. Entretanto, em relação à energia elétrica esse esforço tem se redobrado, porque além dos reajustes expressivos, por mais de um ano foram cobradas as bandeiras tarifárias vermelhas, suspensas a partir de abril.

Para economizar energia elétrica, além de ficar atento ao uso desnecessário de alguns itens, em especial os que consomem mais energia, há outras precauções que podem fazer toda a diferença no valor da conta, como mostra a campanha da PROTESTE Quem Cala Paga Mais Luz para pressionar o governo a acabar com a cobrança das bandeiras tarifárias, ao invés de apenas suspendê-las.